Maggie tem um plano
Com direção da premiada diretora Rebecca Miller (A Vida Íntima de Pippa Lee - 2009) Maggie's Plan( no original) tenta estabelecer uma identidade bem individual usando uma comédia nada forçada, mais infelizmente entrega uma dramédia arrastada que apesar de convincente não passa de esquecível.
Maggie(Greta Gerwig - Éden - 2014) uma jovem bem sucedida
em seu ramo e super independente decidi ser mãe por meio de inseminação
artificial, por não querer um homem em sua vida, tudo muda quando ela
conhece John(Ethan Hawke - 7 homens e um destino - 2016)que após uma
sincera conversa ficam juntos e se casam, mais qual seria o plano de
Maggie?
De cara somos jogados na vida de Maggie, de forma que cada
dúvida sobre o principal da personagem é bem sanada, suas escolhas pro
futuro, sua vida no passado, suas motivações e suas negligências, tudo é
bem explicado, assim como a dos outros personagens, seus amigos, o
jovem doador de espermatozoides, a ex- esposa de seu marido, as filhos
do primeiro casamento de John, tudo na medida certa de cada personagem, o
que não cansa e acaba sendo um dos poucos elogios a ser dado ao longa, a
apresentação.
Até da pra acreditar que o longa será agradável,
convincente e aprazível, mais é aí então que começam as piadas sobre o
mundo real, nada ali é distópicamente engraçado a ponto de te fazer
gargalhar, não que isso seja uma exigência,mais seria o mínimo a fazer
mediante a execução arrastada do segundo ato, que definitivamente é o
que cansa, ainda que o longa tenha e queira deixar uma identidade única,
ele te deixa com sono e apenas o gosto por saber o final das bagunças
de Maggie é o que te prende atenção.
As atuações são dignas de aplauso, Ethan Hawke, Juliane
Moore, Bill Hader e a própria Greta estão de cair o queixo, e deixam a
trama mais cativante, sem contar o show que os atores mirins dão, tudo
bem harmonioso e convincente, e ainda que a trama em seu ponto mais
importante não seja dos melhores, e o fechamento tão coeso e harmônico
quanto.
Por fim,Maggie tem um plano é uma história fictícia sobre a
vida real de uma mulher ficcionalmente real que lembra uma poesia, que
infelizmente deveria ficar no papel.
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