A bruxa de Blair

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Em 1999 Daniel Myrick e Eduardo Sánchez lançaram o longa A Bruxa de Blair, com uma iniciativa diferente, e aproveitando do início da internet, usando ao seu favor algo que hoje em dia já é comum, mas em uma época aonde a internet estava ainda ganhando seu mercado, eles conseguiram viralizar sua ideia, transformando o longa em um ponto diferencial no gênero terror, e ainda criando os subgêneros mocumentário e handcam ou foundfootage, colocando o longa em um marco no cinema, com um filme de baixíssimo orçamento que faturou milhões, gerando outros longas do mesmo subgênero, que aproveitariam de suas ideias, alguns conseguindo e outros virando genéricos.
Apesar de o filme ter recebido uma continuação em 2000, lançada no Brasil somente em 2001, que não continha o mesmo teor do filme original, e de fato só aproveitou seu sucesso e criou um filme que fez Bruxa de Blair cair no fracasso, foi aí então que os criadores originais sentiram  a necessidade de fazer uma continuação, e durante anos pensando no projeto, e dada a notícia desta tão aguardada sequencia, nada mais se falou sobre o filme, e eis então que do nada, na Comic Con de San Diego deste ano, realizada em julho, foi exibido o trailer do mesmo já com a data de lançamento para setembro, o que deixou os fãs do longa original totalmente eufóricos.
O novo longa se passa em 2014, com James tentando encontrar sua irmã, Heather, personagem do longa de 99, que sumiu na floresta, e ninguém nunca conseguiu encontrar, e após ver um vídeo na internet que possa ter mostrado que sua irmã ainda estava viva, ele, seu melhor amigo e sua namorada e uma moça que irá fazer um documentário da jornada deles até a floresta, vão a procura da casa onde sua irmã possa ter sido vista. O filme tem a direção de Adam Wingard, diretor do terror Você é o próximo, e do filme do Death Note pela Netflix, e ele soube conduzir o filme muito bem, fazendo aqui digamos que uma espécie de continuação/remake, onde ela liga os fatos com o filme anterior, ao mesmo tempo que dá uma repaginada no mesmo, inserindo coisas da atualidade.
Elementos mais tecnológicos, como pequenas câmeras presa na orelha, e com gps, um drone, câmeras de alta tecnológia, vídeo no youtube e coisas do gênero, que irão aproximar os jovens de hoje para dentro do longa, com um adendo incrível em relação ao tratamento da imagem, onde com as câmeras atuais ele tem aquela qualidade HD, enquanto uma câmera antiga que ainda utiliza fitas, ele possui aquela imagem meio embaçada e com cores mais fortes, um artificio usado que me chamou a atenção, pois de fato isso poderia ter passado despercebido. A construção da tensão do filme é muito competente, utilizando muito bem o fator handcam e a escuridão do local, criando cenas bem tensas e que paralisam sua alma, uma edição que não quebra o clima e o ritmo do mesmo, e uma edição sonora que aumenta ainda mais a agonia, você realmente se sente na pele daqueles jovens, e imagina como é estar ali naqueles momentos de puro desespero.
Finalizo aqui dizendo que esse filme vale cada centavo, é um filme de terror á altura do primeiro longa, e dá um up no gênero hoje em dia, contudo seu fracasso na bilheteria se dá ao fato de o mesmo sair em uma época aonde este gênero tem aos montes por aí e já está dado ao fracasso, e as pessoas acabam ignorando o mesmo, mas não sabem a experiência maravilhosa que irão ter, mas procurem se atentar a história do filme, procure saber que esse longa é continuação de um material de 99, procure o longa anterior e assista, não vá ao cinema achar que está indo ver só mais um filme de terror, e no final da sessão dizer que o filme é um lixo, que não tem final, sem ao menos procurar informações antes de assistir, de entender que ele é a continuação e a releitura do longa de 99, ele possui o mesmo "esqueleto" do outro, então saiba mais de um filme antes de assisti-lo, e não vá ver só porque é mais um filme de terror, pois este filme é um excelente filme de terror, e faz muito jus ao seu longa original.

Texto por Josimar Carlos
Texto original AQUI

 
Anonymous

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