A juventude

A vida momentaneamente nos entrega a eventos que por mais que a emoção seja negativa somos submergidos numa beleza que dificilmente poderemos explicar, e com poucos grandes filmes nessa semana que muitos disseram ser fraca em visão das estreias semanais, decidi dar uma chance a dois titulos,e sutilmente Youth(no original) foi uma das escolhas,e sua suavidade e leveza me surpreendeu.Fiquei me revirando até poder dizer como começar tal critica, talvez porque ainda sou jovem para a mensagem que o filme quer me passar mais ainda sim, decidi pensar nele como uma lição.

Fred(Michael Caine - Kingsman Serviço secreto) e Mick(Harvey Keitel - Grande hotel Budapeste), grande amigos decidem passar ferias em um grande e luxuoso hotel, Fred um maestro e compositor aposentado que não quer mais seguir com a musica e Mick que esta no hotel com sua equipe para terminar um roteiro, mais tudo pode mudar.

Com foco no dinamismo social dos dois amigos, não só com eles mais com todos a sua volta, desde um pequeno estudante de violino até uma massoterapeuta, o longa aborda de forma crível e lindamente triste a forma como estamos vuneraveis a situações que nos transformam ou permitem que tenhamos uma outra visão de tudo a nossa volta, tudo isso regado de uma trilha sonora discretamente bem compatível e com cortes de câmera e uma visão do mundo a volta do musico em destaque que só ele pode entender ou explicar.

Com direção e roteiro de Paolo Sorrentino(A grande beleza- 2013) e direção de fotografia Luca Bigazzi que já fez outras parcerias com o diretor, A juventude aborda a maturidade e suas etapas de forma explicitamente bem real e com ideais claramente maturos e por fim, abra sua mente e aguarde o inesperado, pois o longa não é nada do que você imagina de um drama, e é tão lindo como um poema pode ser.