Seok Woo(Yoo Gong) é um ocupadissimo gestor financeiro,arrogante e que mal tem tempo para sua mãe e sua filha, no dia do aniversário da pequena Soo-an é pedido a ele como presente a visita até a cidade de sua mãe, em Busan, o problema que um surto ataca a cidade, e os viajantes do trem tem que trabalhar em equipe pra se manterem vivos, conseguiria Seok trabalhar com outras pessoas para continuar vivo e manter sua filha a salvo?

Definitivamente, Train to Busan foi uma supresa para 2016, o longa claramente talhou sua originalidade na cara de quem não acreditava em seu potencial, o longa aborda o tema zumbi de forma totalmente diferente de qualquer concorrente, seja filme ou uma série, sem contar que acerta de forma coerente nos termos técnicos, O personagens contam com uma apresentação detalhada a nível de importância dos personagens, o casal que conta com uma mulher grávida, o casal de jovens que se separa de seu grupo devido ao caos, as irmãs com gênios diferentes, que ainda sim se amam de forma incondicional e por fim o pai ausente que na intenção de realizar a vontade de aniversário de sua filha, se vê no meio de um caos que vem aumentando a cada segundo, tudo bem amarrado e desenvolvido, que por fim acaba acolhendo personagens cativantes e bem aleborados.

Já por volta do meio do segundo ato, pode facilmente amar e odiar os personagens, e se sentir aflito a cada onda de novas perseguições e gritos, que ainda que sejam pouco previsíveis, não tornam a produção clichê, boa parte do clímax do longa se deve também a trilha sonora, que conta com  Young-gyu Jang, que repete a parceria com o diretor, onde trabalharam juntos no já citado The fake, e tudo aqui diria eu, que é uma versão melhorada de World War Z(2013) tanto em elaboração dos personagens, quanto toda a trama, e principalmente em criar uma identidade bem particular num estilo que tem crescido tanto que fica difícil mostrar originalidade a ponto de se destacar.

Por fim, Train to Busan, é coerente em sua ficção,convincente em suas atuações, te segura na cadeira com a trama e surpreende em com a coletividade de todo o conjunto da obra e claramente pode se destacar como uma das surpresas mais agradáveis de 2016.

Com direção de Edward Zwick(O dono do jogo - 2014) e roteiro de Marshall Herskovitz(Amor e outras drogas - 2010 )e Richard Wenk (Sete homens e um destino - 2016), Jack Reacher - Sem retorno é uma sequência desnecessária, cheia de clichês e auto destrutiva.

Jack Reacher(Tom Cruise) decide voltar para a base onde serviu na Virgínia, a cargo de levar a major Susan Turner(Cobie Smulders) para jantar, aí chegar lá descobre que ela foi presa por espionagem militar, é aí que ele começa uma busca particular atrás de respostas, ao mesmo tempo que descobre sobre uma suposta filha.

Jack Reacher - O último tiro, não é um filme magnífico, mais agrada o suficiente para os fãs do estilo, com suas cenas de tiroteio, lutas com coreografia mediana mais ainda agradável e o jeito que Jack pensava, tudo isso ganhou que assistiu, ainda que entregasse um genérico bem maqueado, quatro anos depois, muitas pessoas ficaram ansiosas pra ver a sequência de Reacher e seus socos e tiros, e nada disso está no filme, tudo em JR - Sem retorno é apenas uma novela sobre um pai atrás de sua filha, que esbarra uns bandidos que querer incriminar sua paquera.

Inicialmente somos apresentados a  Jack e Susan de forma pouco convincente, ninguém explica a ficha limpa de Reacher que finalizou o primeiro longa como fugitivo, ainda que tudo indicasse que a Helen Rodin o ajudaria em voltar a ser um civil comum, o que ele nunca foi, e Susan, apenas é apresentada como seu affair, nada mais que isso, o fato de ser uma Major do alto escalão é apenas um detalhe ignorado, inclusive pelo próprio Reacher, quanto a suposta filha, é apresentada como a garota rebelde, espertinho que sempre tem um Ás nas mangas, que assim como seu "pai" é uma miniatura de badass.

Tom Cruise nunca esteve tão mal em seus últimos anos, está robótico e em outro personagem, Jack Reacher está ausente desse filme, Cobie Smulders carrega o pouco que o filme tem a oferecer o que infelizmente não é o suficiente, e a garota, a jovem Danika Yarossh, parece ter algum potencial,mais está presa a um texto muito clichê e a diálogos que mesmo fazendo sentido com a trama, desencadeiam sentimentos alguns, apenas a previsibilidade que o filme carrega.

Todo o desenvolvimento é arrastado e em algum momento quando você pensa que teremos uma lição social sobre machismo, não passa de uma leve briga de marido e mulher, e continua toda a mesmice do começo ao fim, você não aprende mais sobre os personagens, não consegue se apegar a eles e tudo o que resta é um vilão, que quer apenas uma briga por desafio com Reacher por conta de ser tão bom quanto ele e em seu ato final, o longa se mostra tão regular e insignificante quanto todo seu desempenho. Por fim, não vá assistir esperando nada incrível,muito menos bom, Jack Reacher - Sem retorno é apenas um filme com outros personagens,menos os que você está esperando.